segunda-feira, 5 de março de 2012

Novo Rumo III



A nossa eterna capitã Diana Mendes e a "lutadora" Ana Moura, ex-atletas do basquetebol vitoriano, viveram este fim-de-semana um dos pontos mais altos das suas ainda curtas carreiras. A representarem o Lousada há dois anos, as duas atletas marcaram presença na final-four da Taça de Portugal feminina, em Basquetebol, onde foram derrotados pelas vencedoras do troféu, e já pensam num novo objectivo, a subida à principal Liga Feminina. Aqui fica um pequeno texto com as emoções deste momento descritos pela Diana:

Já na segunda época a representar o Lousada A.C. este fim-de-semana atingimos mais um ponto alto, senão o mais alto da carreira de todas as atletas da equipa.
Depois de um apuramento difícil, em que conseguimos eliminar uma equipa muito forte da nossa divisão, num jogo de luta e vontade em que a nossa equipa juntamente com todos os adeptos fantásticos que encheram o pavilhão acreditaram até ao ultimo segundo na vitória. Fizemos história no clube, mas principalmente ganhamos uma história para as nossas vidas.
Sabendo qual seria o adversário para a final-four (Vagos) já sabíamos que não ia ser fácil, assim como qualquer outra das equipas que nos saísse, sendo todas elas da Liga feminina, mas o prémio já era nosso e estarmos presentes no ponto mais alto desta competição era mais que alguma vez poderíamos pedir.
Fizemos uma semana de treinos intensos, sabendo que a preparação física da equipa que iríamos defrontar era muito superior à nossa. Foi uma semana dura, mas a vontade de dar mais um orgulho a todos o que nos iriam acompanhar e que sempre o fizeram, a vontade de nos superarmos a nós próprias como jogadoras e como equipa fez esquecer todas as dores e o sacrifício acabaria por ser recompensado assim que pisássemos o recinto juntamente com uma das melhores equipas a nível Nacional.
Foi com esse espírito que arrancamos para Vila Real, apoiados por adeptos que acreditavam em nós, que se orgulhavam daquilo que alcançamos. O nervosismo era quase nulo, a pressão não era nossa, apenas íamos dar o nosso melhor, lutar além daquilo que o nosso corpo aguenta e acima de tudo guardar todos os momentos de um dos jogos mais importantes da nossa vida.
O discurso de balneário foi simples mas intenso, apenas tínhamos que jogar conforme treinamos mas acima de tudo jogar com o coração. Assim que entramos em campo abracei a minha irmã Moura e olhamos para aquela bancada fantástica, cheia de adeptos que nos deram força, fizeram-nos crescer como equipa para conseguirmos entrar em campo sem inibições nem receio da equipa que iríamos defrontar.
Assim foi, pouco há para dizer sobre o jogo, conseguimos durante 17 minutos debater-nos com a equipa que milita a Liga Feminina, depois disso a quebra física foi notável, mas o esforço de cada uma foi ainda mais. Mesmo com os músculos a latejarem e a respiração a ser cada vez mais difícil nenhuma desistiu e mostramos a todos que aquele lugar era mais que merecido. Terminamos a partida de cabeça erguida, aplaudimos a bancada pintada de roxo, cumprimentamos um dos adversários mais temidos do basquetebol feminino Nacional mas ganhamos respeito e provamos a nós próprias que ainda temos muito para evoluir, basta querermos e trabalharmos para tal.
Foi um momento único que pessoalmente me fez lembrar todas as pessoas que gostavam de estar no mesmo lugar que eu mas infelizmente não podem, e a todas elas dedico este feito que apesar de não ter muitos minutos de jogo, evoluo a cada dia e tenho tido experiencias únicas que não trocava por nada. Mais especial ainda, este momento foi partilhado com os meus irmãos e as minhas mães que fizeram questão de estar presentes num dos momentos mais especiais da minha vida, e ainda o meu pai que apesar de não estar presente fisicamente esteve sempre a torcer por nós.
Nesta equipa encontrei o meu espaço, a minha utilidade e a ela entrego sempre 110% daquilo que me pedem pois quando pensei que o meu futuro no basket tinha que terminar foi o LAC que me acarinhou e me deu a oportunidade de continuar a fazer aquilo que mais gosto.

Valeu pela experiência, valeu pelo prémio pessoal, valeu para agradecer a todos os que nos acompanharam, mas acima de tudo valeu para recompensar esta família, sim família…pois já ultrapassamos a fasquia como equipa há bastante tempo, e é isso que nos vai fazer alcançar o nosso próximo sonho: A subida à Liga Feminina.

Um beijinho,
Diana

Da nossa parte, estamos sempre cá a torcer por vocês. FORÇA!

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