Foi um Domingo inesquecível... Um sonho com mais de vinte anos, finalmente concretizado. Está agora encontrada a razão para o Rei ter escolhido Coimbra como última morada. A partida era de alto risco, uma eliminação formaria inevitavelmente um turbilhão de dimensões difíceis de prever. A vantagem da primeira mão era curta e a má prestação dos últimos jogos causava alguma apreensão nas hostes Vitorianas.
Ainda assim, a viagem em direcção ao último apeadeiro decorreu em clima de festa. Dezenas de autocarros e centenas de automóveis rumaram a Coimbra em busca do sonho. Em Guimarães ficaram várias mensagens de apoio, nas bermas ou nas pontes, a alegria era contagiante. "Jamor" era a palavra de ordem. Um ambiente como há muito não se via no Berço. Em Coimbra, os Vitorianos eram aos milhares. A onda branca varreu completamente a cidade, deixando os adeptos da casa em claro desespero. No estádio as forças estavam divididas e os cerca de 20 mil espectadores ajudaram a criar um ambiente digno dos grandes jogos.
Dentro das quatro linhas o Vitória sofreu. Talvez até mais do que o necessário... A arbitragem de Bruno Paixão foi habilidosa e por diversas vezes impediu a nossa equipa de subir no terreno. Manuel Machado montou uma estratégia defensiva, com cuidados, talvez, excessivos, tendo quase eternizado os 90 minutos da partida. Ainda assim, o Vitória teve oportunidades para resolver mais cedo a eliminatória e "carimbar" desde logo o passaporte para o Jamor. Quando soou o apito final, o estádio quase veio abaixo... Foram demasiadas emoções. Simplesmente indescritível. A festa entre adeptos e jogadores prolongou-se de Coimbra ao Berço da Nação e todos esperamos que só termine com a conquista do troféu no dia 22 de Maio.
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