domingo, 17 de outubro de 2010

O amadorismo habitual

Vitória SC - Atlético da Malveira

Era este o aspecto das bilheteiras do D. Afonso Heriques, quando o apito inicial para o jogo entre Vitória e Atlético da Malveira já tinha sido dado. Nos cobradores ou na secretaria do Clube não era possível adquirir bilhete e era este o cenário com que se deparavam os adeptos Vitorianos, que desgraçadamente decidiram assistir a mais uma partida da sua equipa.

Foram vários aqueles que desistiram... Foram vários aqueles que entraram com o jogo a decorrer. Filas, desespero e cenas menos próprias eram depois o prato do dia junto às (poucas) entradas abertas do Estádio D. Afonso Heriques. Uma organização de jogo que se estranharia em qualquer Clube da Regional, mas que infelizmente já não choca ninguém na Cidade Berço.

Pedem famílias no futebol e oferecem espectáculos verdadeiramente vergonhosos a nível organizativo. Um pedido de desculpas é o mínimo exigível, mas seria (alguém acredita que seja possível?) obrigatório responsabilizar os culpados e de uma vez por todos colocá-los fora deste Clube. Quem não entende a dimensão do Vitória, não pode, de forma alguma, continuar a conduzi-lo.

Vergonha. Assumam as responsabilidades.

10 comentários:

  1. Por mim falo. Cheguei ao estádio 45 m antes da hora marcada para o jogo mas longe de pensar que ia assistir aquele "cenário" de centenas de adeptos a tentarem comprar bilhete.
    Entrei no nosso estádio já o jogo tinha começado há 5 ou 6 minutos.
    Há muitos anos que em Guimarães não me sucedia semelhante coisa.
    Depois de mim ainda entrou muita gente revoltada com tanto amadorismo e tanta incompetência.
    Bastará atentar no facto de quase com meia hora de jogo ainda estarem a entrar associados.
    Compreendo que tenham fechado os topos.
    Não compreendo que na bancada nascente estivessem abertas menos portas do que é normal.
    Não compreendo que os cobradores não tivessem bilhetes para vender.
    Não comprendo que houvesse tão poucos guichets abertos a vender bilhetes.
    Não compreenderei se não houver uma assumpção de responsabilidades pelos responsáveis ligados á organização do jogo.
    Não compreenderei,nunca, gente que integra a direcção e não percebe a grandeza do Vitória.
    É pena.
    Porque é exactamente assim que se afastam adeptos dos estádios.

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  2. E o mais incrível para mim... A naturalidade com que os Vitorianos passaram a aceitar toda a incompetência que gira em torno deste Clube.

    As pesssoas habituaram-se simplesmente à incompetência. Já não protestam, nem tão pouco se admiram...

    O Vitoriano está morto.

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  3. Uma vez mais incompetência vinda do mesmo lado....

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  4. Relativamente ao incidente de ontem, nada que me tivesse surpreendido. Levou-me, no entanto, a tirar várias ilações, como por exemplo, o facto da evolução do Vitória durante os últimos, sei lá, 30 anos, ter sido ZERO, ou seja, a "fábrica" continua a laborar com os procedimentos correntes dos anos 80. Outra ilação, e que vai de encontro à frase do Agostinho - "O Vitoriano está morto" - é que o Vitoriano retrocedeu na sua evolução. Ao invés daqueles adeptos fervorosos, exigentes, intransigentes, adeptos que viviam o futebol com o coração, deixando a razão, na maioria das vezes, bem longe, tornaram-se agora uns adeptos zen, adeptos de spa (e ainda não temos o ginásio no Afonso Henriques).

    Será que não está mais do que na hora de mudar algo ou alguns indiscutíveis dos quadros da "fábrica"?

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  5. A explicação é simples.

    1º Nós temos a mania de comprar as coisas sempre à ultima da hora.

    2º Porque os bilhetes imprimidos têm de ser pagos à liga de clubes, e como a perspectiva para este jogo era muito baixa, não os imprimiram, quando aparece uma "AVALANCHE" de pessoal a comprar bilhetes a 5 minutos do inicio, dá o que dá.

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  6. Jogo da Taça antigamente era considerado uma festa, agora é uma caça ao dinheiro fácil. Até uma criança de 4 anos paga.
    As pessoas não aderem a estes jogos e o Vitória sabe disso, talvez por isso se desleicharam. Mas se queremos assumir a grandeza do clube, então não podemos fechar portas do estádio nem meter para lá uma bilheteira a funcionar, como faz o S. Romão ou o Serzedelo.
    Na direcção temos gente pequenina pequenina.

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  7. Caro Alberto Leite,

    A explicação é de facto simples... Mas nada tem haver com o que aí refere.

    Nunca terão de ser os sócios a adaptarem-se aos horários mais convenientes de meia dúzia de funcionários do Clube, mas sim essa meia dúzia que terá de se adaptar ao horário dos sócios. Não perceber isto é meio caminho andado para não perceber porque cada vez temos menos gente no D. Afonso Henriques.

    "A perspectiva era muito baixa" para quem tem as vistas curtas. E não falta gente que, apesar de vários anos no Clube, ainda não conseguiu perceber a real dimensão do Vitória.

    Mais um episódio que afasta os sócios do Clube, mais lenha para uma fogueira que arde há bastante tempo.

    Querem famílias no estádio, querem aproximar o Clube da comunidade... Simplesmente, incompetentes.

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  8. Caro Agostinho

    Compreendo perfeitamente a tua revolta, revolta essa que tambem é a minha, porque esta direcção nunca viu os socios (comigo encluido à muitos anos), como a maior riqueza deste clube e o seu afastamento faz de nós um clube perfeitamente banal.

    Confesso que a Direcção devia estar preparada para uma eventual grande afluencia de expectadores na hora do jogo, mas não impede que tudo que escrevi acima não seja verdade.

    Um abraço
    VITORIA SEMPRE

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  9. Pelo que me transmitiram, tudo isto se deveu ao facto de a federação ser a responsável pela organização deste jogo. Posto isto, toca a pôr os senhores da AF Braga “à frente das operações”.

    Uma das medidas destes senhores foi retirar a venda de bilhetes da tutela do Vitória com medo de se declarar um número de bilhetes inferior ao real.

    Deu confusão. Eu pergunto.
    Como é possível vir esses senhores mandar na nossa casa sem que ninguém da direcção se insurgisse? Há muito que não se via uma coisa destas em Guimarães.


    Bruno Ferreira

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  10. Sinceramente não sei Bruno.

    A versão que corria foi que não quiseram pagar a comissão aos cobradores. Se assim foi que colocassem os funcionários da fábrica a fazer o seu trabalho.

    Os jogos da taça são sempre da tutela da federação... Se alguém os deixou "mandar" mais que o costume, certamente também será responsável por isso.

    Certo é que ninguém sentiu ainda necessidade de explicar o que quer que seja aos associados. Tudo normal, portanto.

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