terça-feira, 19 de julho de 2011

Seria este o protocolo?

Miguel Salazar

Todos sabemos que existe um lamentável protocolo estabelecido entre o nosso Clube e um clube de Lisboa. E este facto é penoso, não por causa do seu conteúdo, pois isso ainda é matéria que desconhecemos, mas devido à própria instituição com quem um dia decidimos, ou alguém decidiu, acordar o que quer que seja. 

Na última AG, pouco concorrida e sem grandes sobressaltos, existiu uma intervenção de um associado que deixou, ou deveria ter deixado, os Vitorianos preocupados. Miguel Salazar, com um discurso fluído e bastante convincente, relatou alguns acontecimentos que terão ocorrido antes de uma importante partida de Voleibol entre o Vitória e o Benfica. Segundo o extraordinário cartoonista, foi assim que sempre o conheci, Emílio Macedo da Silva colocou dúvidas sobre a continuidade da modalidade no Vitória e anunciou, que o Clube de Lisboa iria apostar forte no Voleibol e eventualmente até estaria na disposição de receber os nossos atletas. A mim, esta situação parece-me extremamente grave. 

Na resposta, algo que nem costuma suceder, Emílio Macedo da Silva mostrou-se indignado com as palavras de Miguel Salazar e negou completamente que algo do género algum dia tivesse acontecido. Disse ainda, nunca ter estado no balneário da equipa de Voleibol ou Basquetebol do Clube. Ou seja, o Presidente do Vitória disse em Assembleia-Geral,  nunca ter estado no balneário de duas formações que já se sagraram Campeãs Nacionais e venceram a Taça de Portugal, durante o seu mandato. A mim, esta situação também me parece bastante grave.

Durante a última semana, Miguel Salazar usou naturalmente o direito de resposta, pelo menos nos meios a que teve acesso, para apresentar alguns depoimentos de atletas e responsáveis que confirmam a sua versão dos acontecimentos. Até ao momento, Emílio Macedo da Silva nada disse, a não ser ameaçar levar o associado Vitoriano a Tribunal. Após tudo o que se escreveu sobre simpatias encarnadas, protocolos e outros actos de proximidade com o clube lisboeta, este episódio deverá merecer da parte dos Vitorianos a maior das atenções. Pois, a confirmar-se aquilo que Miguel Salazar relatou, só existe um desfecho possível para esta situação... 

4 comentários:

  1. São três situações graves.
    A existência de um protocolo cujos termos continuamos a desconhecer.
    A história contada por Miguel Salazar e já validada (acho que EMS sabe bem o que este termos significa...)por várias testemunhas.
    Um presidente que nunca foi ao balneário de equipas que deram importantes titulos ao clube.
    Daí que face a tudo isto nunca entenderei se EMS não processar Miguel Salazar conforme anunciou na "Milo TV" logo após a AG.
    Porque se não o fizer será a admissão de que a história é verdadeira.
    E então resta-lhe demitir-se ou ser demitido!

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  2. O problema é que ele se encontra encurralado numa situação que ele próprio criou, e donde se vislumbram apenas três saídas, todas elas más.
    1) reconhecer voluntariamente o erro, e acabar por ser demitido;
    2) efectivar a sua ameaça de procedimento judicial, acabando por enfrentar o vexame de ver confirmada em tribunal a sua prevaricação, e acabar na mesma por ser demitido;
    3) ou, finalmente, aguentar em silêncio (a sua especialidade), esperando que a famosa serenidade do povo português prevaleça, e que a gravidade do episódio acabe por se diluir no tempo.
    Para esta última hipótese, aquela que eu estou seguro que será (já foi) a sua opção, muito ajudarão factores-extra como a contratação de Pedro Mendes, e os eventuais sucessos desportivos futuros.
    Nestes factores-extra residirá com certeza toda a sua esperança...

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  3. Apesar de tudo não me parece que os Vitorianos estejam muito preocupados com a situação... Mas também quem vê a equipa a jogar fica obviamente sem vontade de fazer coisa alguma. É demasiado agoniante...

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