terça-feira, 31 de agosto de 2010

Uma Aventura nas Árabias IV

Luiz Filipe

A culpa seria do treinador?

A distância de Riad ao Bahrein, país vizinho da Arábia Saudita, é de aproximadamente 405Km. Antes do Bahrein vem a cidade de Daman a 400km e antes Alehsa, a cerca de 320Km, esta onde disputamos o último jogo da taça do Rei, que antecede o campeonato Nacional. Fomos defrontar o Alfath, que na primeira jornada tinha ganho 2 a 0 ao campeão Nacional do ano passado, o Ahli. O que interessa da história foi a viagem e tudo o que antecedeu o jogo! Saímos de Riad às 22h, depois de um treino ligeiro e de os jogadores terem quebrado o jejum às 18:30, porque como sabem, no Ramadão não podem comer nem beber durante o dia.

A viagem é de 3 horas e 30 minutos, mas para meu espanto já íamos em 5h e senti um burburinho na frente do autocarro! Foi aí que me apercebi que estávamos perdidos, já nos encontrávamos em Daman e a confusão aumentava, os jogadores irrequietos, os directores colados ao vidro da frente do autocarro… Seguimos o nosso caminho (errado) e curiosamente Daman que deveria surgir depois da cidade onde iria decorrer o jogo, ficava para trás, o que nos deixou a todos mais estupefactos ainda, pois estava mais que evidente que teríamos que voltar para trás. Uns quilómetros à frente um dos atletas dirigiu-se a mim e em tom de brincadeira referiu que estávamos na fronteira da Arábia Saudita com o Bahrein, ou seja, na entrada da ponte que faz a ligação entre os dois países. E não é que estávamos mesmo?! O motorista do autocarro, com a maior normalidade do mundo, avança o separador e dá a volta para trás, invertendo o sentido da marcha e toca a voltar. De referir que isto aconteceu numa auto-estrada com separador central! A viagem durou 7h… quando chegamos ao hotel e para minha perplexidade não íamos jantar porque já passava das 4:30 da manhã e a partir dessa hora não podiam comer nem beber mais. Só voltaram a comer às 18:30 (hora permitida) e fomos para o jogo que se disputou às 21:30. Um calor sufocante, com uma humidade muito superior à de Riad. Ganhámos 3 a 2 depois de estarmos a perder por 2 a 1.

Futebol tem lógica? Todo este drama e condicionantes subjacentes: viagem desgastante, débito alimentar, atmosfera propícia à desidratação… Ou seja, nada nos foi favorável nos momentos que antecederam o jogo, mas os miúdos deram tudo dentro do campo e com um espírito de sacrifício de louvar conseguimos o nosso objectivo. Fiquei feliz por mim, mas muito mais por eles… mereceram. Agora uma questão que coloco, caso não conseguíssemos alcançar a vitória neste jogo, as pessoas implicadas assumiriam as suas responsabilidades na má organização deste estágio? Ou mais uma vez seria o treinador a arcar com todas as responsabilidades?

Abraço,
Luiz Felipe

"Dou tudo pelo Vitória"

Custódio

Quando no início de Julho, Custódio proferiu esta frase à VitóriaTV, provavelmente estaria longe de adivinhar que iria assinar pelo maior rival do clube da Cidade Berço. A chegada de Cléber e a respectiva entrada directa para o onze, terá levado o médio a pedir a transferência.

O desfecho parece agradar a todos. Custódio terá mais oportunidades para jogar. Manuel Machado despacha mais um jogador que transitava da época passada. Emílio Macedo da Silva fala da hipotética "entrada de algumas verbas".

Bom para todos! Essa é a mensagem que é necessário passar.
A realidade... O Vitória fortalece o maior rival.
Algo que parece já nem sequer incomodar...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vitória regressa aos triunfos

Juniores: Vitória 2-1 Varzim

Após o triunfo caseiro sobre o Braga, os nossos juniores não foram felizes nas deslocações ao FC Porto e ao Merelinense. Deste modo, a recepção ao Varzim era importante para o Vitória regressar aos lugares cimeiros da tabela classificativa.

Desde cedo se percebeu que a equipa poveira vinha a Guimarães tentar segurar o empate a zero. No entanto, António conseguiu ganhar um penalti e uma expulsão que praticamente sentenciaram o encontro. Contra dez, o Vitória controlou a partida e aumentou a vantagem por intermédio de Pedro Lemos. Já perto do final, num lance fortuito, o Varzim estabeleceu o resultado final, 2-1.

Mais fotos deste encontro disponíveis no Flickr d "O lado V".

O Vitória está na quarta posição, com 7 pontos em 4 jogos. Na próxima jornada, a nossa equipa desloca-se ao terreno da Académica de Coimbra.

domingo, 29 de agosto de 2010

Tos-ca-no!

Vitória 0-0 Rio Ave

Foi assim, em três momentos, que o criativo brasileiro resolveu a partida na Choupana. Primeiro, em excelente remate de primeira, fuzilando autenticamente o desamparado Bracalli, depois na transformação de uma grande penalidade que o guardião Madeirense não conseguiu segurar e finalmente em remate fantástico a entrada da área, colocando a bola na gaveta. Hat-trick para Toscano numa estreia de sonho.

O Vitória nunca tinha vencido no terreno do Nacional e os dois jogos inaugurais da Liga faziam antever grandes dificuldades nesta deslocação à Madeira. No primeiro tempo o jogo foi repartido com poucas oportunidades para os dois lados, no entanto o nulo aceitava-se perfeitamente. O Nacional entrou melhor para o segundo tempo. Nilson, contra todas as expectativas, errou, não segurou uma bola fácil e a equipa da casa adiantou-se no marcador. O Vitória acusou o golo, os sectores começaram a jogar mais separados e tudo parecia mais difícil.

Manuel Machado leu bem a partida, colocou João Ribeiro e a aposta resultou de imediato. Em jogada rápida, o médio Vitoriano abriu bem na direita para Toscano... e o resto já faz parte da história. Com cinco pontos em três partidas disputadas, o Vitória terá agora duas semanas para preparar a difícil recepção ao Benfica. 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Há dois anos foi assim...


Uma Aventura nas Árabias III

Luiz Filipe

Será que sabem o que querem?

É evidente que estamos numa cultura completamente diferente, mas o futebol é universal, e como tal, deveria estar descontextualizado do resto, mas não. Contrataram um treinador Português, obviamente Europeu, para trazer uma organização e um modelo de jogo que não existe no seu país, criar um jogador tipo para o clube, estruturar um clube que é grande, mas está com problemas de base, num país em que só há competição a partir dos sub 17. O problema está nos sub 15, 14, 13 e por aí abaixo, que devem ser bem preparados e ensinados para quando chegarem aos sub 17 estarem prontos para o desafio que aí vem.

O AL Nasser é um clube grande da Arábia Saudita com uma massa associativa grande, o problema é que não ganha nada há muito tempo. Porquê? Faz-me lembrar o Benfica de um passado recente, ansioso por resultados imediatos devido a sua grandeza, mas sem paciência para o conseguir. Afinal, como lhes fazer ver que é preciso primeiro reestruturar, organizar e preparar o futuro para depois ganhar? É difícil, pois a obsessão e a pressão exterior são fortes, mas um Director deve pensar como um Director, não como um adepto, que naturalmente pensa com o coração.

No Vitória de Guimarães, no início também não foi fácil, reorganizar e implantar uma nova política de formação baseada na continuidade das equipas, resistindo as pressões e as tentativas de inundar o Vitória de estrangeiros para obter resultados fáceis, mas certos ou errados sabíamos o que queríamos e os resultados estão a vista, equipas nas fases finais, um número elevado de internacionais e vários contratos profissionais.

Será que é isso que o Nasser quer? Acredito que sim, mas terá paciência para esperar por resultados? Dará tempo a estruturação de base? Sei obviamente a resposta, seria fácil dizer mas isso tiraria o interesse sobre o assunto. Deixo essa reflexão no ar.

Abraço
Luiz Felipe

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Nós esperamos mas… e os outros?

Vitória 0-0 Rio Ave

Manuel Machado não se cansa de pedir tempo. É compreensível. Após duas dezenas de contratações e outras duas de empréstimos, o Vitória é uma autêntica manta de retalhos. Com um jogo medíocre em Olhão e um jogo muito mau em Guimarães, o treinador Vitoriano aponta agora a sexta ou sétima jornada como meta para o “início oficial da época”.

Uma equipa não se constrói de um dia para o outro. É compreensível. Mas então para quê destruir um plantel ano após ano? Além de todas as entradas e saídas, é importante percebermos que o Vitória perdeu praticamente todos os melhores marcadores da última temporada. Quando se tenta dissecar o deserto de golos pelo qual a nossa equipa passa, devemos recordar que, por motivos de ordem directiva ou técnica, aqueles que verdadeiramente descobriam o caminho certo para a baliza, estão afastados do plantel.

O Vitória está a construir uma equipa. É compreensível. Aliás, é compreensível e habitual. Com apenas dois pontos nos dois jogos disputados, segue-se a visita à Madeira e a recepção ao Benfica. Dois encontros que se revestem de uma importância fundamental. Mais do que pontuar é necessário vencer. Caso contrário, o Vitória arrisca-se a chegar à tal sexta ou sétima jornada com mais de dez pontos de atraso para os principais rivais. Pelo menos para os nossos rivais históricos…

Ou seja, nós percebemos e compreendemos. Estamos habituados a fazê-lo. Porém, será que os outros vão aguardar, mais uma vez, que de uma vez por todas nos decidamos realmente a crescer?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Custa engolir….

Dizia-me esta manhã um colega de trabalho que custa-lhe engolir a festa que se faz aqui ao lado. A mim também. Acredito que a todos os vitorianos. A verdade é que mesmo sem o Vitória ter jogado, hoje sinto-me derrotado. Não apenas pelo triunfo dos rivais de Braga, mas sobretudo pelo que por cá continuamos a (não) ter.

Não caiam no erro de menosprezar o grande feito conseguido pelos nossos vizinhos. Não foi uma questão de sorte. Não foi com a ajuda do árbitro, nem foi obra do acaso. Foram de facto melhores que o Sevilha e mereceram passar à fase de grupos da Liga dos Campeões. Mas estes dois triunfos – e a eliminação anterior do Celtic – são muito mais do que apenas isso. São o fruto de um trabalho de vários anos. São o resultado de um investimento, agora compensado. São o resultado de um projecto de sucesso, por muito que nos custe a engolir. Mas o que mais me preocupa nem são os sucessos do Braga, mas antes a triste constatação de nesta corrida, irmos em sentido contrário…

Projecto. O tal que por cá nem numa gaveta está trancado. Porque não existe. Por cá, tudo é feito ao sabor do vento. A feira das vaidades que é o Vitória – salvo poucas e honrosas excepções – tem infelizmente reflexo nos resultados. E não se restringe apenas ao futebol.
Enquanto por cá vamos – por culpa própria – deixando que nos continuem a gerir como se de uma mercearia se tratasse, do outro lado vamos assistindo, com inveja, a um crescimento sustentado, não só ao nível dos resultados, que são esclarecedores, como agora também no único ponto que nos julgávamos imbatíveis. A verdade, nua e cruel, é que até nas bancadas estamos em vias de ser ultrapassados. Veja-se o número de lugares anuais vendidos e o número de espectadores presentes no jogo de segunda-feira. E por favor, chega de desculpas! Não se trata nem tratou do mau tempo, nem das férias, ou até mesmo da crise. Estamos, isso sim, é a perder identidade. Estamos a perder o que sempre tivemos de melhor, mas que quem nos governa nunca soube aproveitar.

Mas a culpa também é nossa. Porque os levamos ao colo quando, por mero acaso, chegamos a um terceiro lugar e a uma pré-eliminatória da Champions. A culpa também é nossa, porque batemos palmas a quem não acreditou no nosso potencial e nos deixou cair aos pés de um Basileia fraco e depois apenas se escudou numa bandeira levantada. A culpa também é nossa, porque, imagine-se, com uma jornada disputada já se insultam jogadores num treino. A culpa é nossa, porque com duas ou três vitórias consecutivas se esquece tudo e se continua a deixar andar… Até quando?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Uma Aventura nas Árabias II

Luiz Filipe

Curiosidades…

Trabalhar na formação, mudou muito a minha maneira de ver as coisas. Nos seis anos que passei em Guimarães vivi coisas incríveis, momentos de grande intensidade e emoção. Essas situações criam laços e ligações que vão alem da relação treinador/equipa/jogador. Aqui, apesar das barreiras (culturais, linguísticas, etc), as coisas não são diferentes. Quando cheguei ao clube no primeiro dia, foi curioso ver a reacção dos jogadores, que olhavam para mim, riam, cochichavam, e vinham cumprimentar-me inúmeras vezes.

Com o andar dos tempos, apesar de miúdos que vivem num mundo completamente diferente do nosso, a todos os níveis, educação, relação familiar, onde o pai as vezes é casado com mais de uma mulher, onde por exemplo, tenho um jogador meu (Nawaf Semi) que o pai tem duas mulheres e dezoito irmãos e outro com 16 anos que conduz porque o pai é um funcionário do ministério. Rezam cinco vezes ao dia. Criados em mundos diferentes, a essência é a mesma, os sonhos, os ídolos, a alegria de viver, mas com uma diferença, não sei bem se uma inocência ou carência, mas com o andar do tempo, quando lhes damos um elogio, uma palavra carinhosa ou um cumprimento mais informal, vemos nos seus olhos um olhar de ternura e uma felicidade como se de um carinho paternal se tratasse.

São gratificantes esses momentos, esses laços, essa cumplicidade, o problema é na hora de dizer adeus, seja na Arábia, Portugal ou em qualquer parte do mundo.

Luiz Filipe Ferreira

Já só faltam duas ou três semanas!

"Quem Ama Não Desiste..."

domingo, 22 de agosto de 2010

Uma Aventura nas Árabias I

Luiz Filipe

Luíz Filipe, o homem que colocou o Vitória entre os grandes da formação em Portugal, aceitou um novo desafio na sua carreira. Após seis anos ao serviço do Clube da Cidade Berço, quatro nos juvenis e dois nos juniores, Luiz Filipe decidiu emigrar e agarrar a oportunidade que o Al-Nassr, da Arábia Saudita, lhe concedeu.

O homem que já representou as camadas jovens do Vitória, cumpriu assim o sonho de se tornar profissional. Com a humildade e simpatia que sempre lhe reconhecemos, Luiz Filipe acedeu ao convite que lhe endereçamos e aceitou partilhar connosco o dia-a-dia de um Vimaranense em terras árabes.

Sem compromissos ou periodicidades obrigatórias, este será um espaço que estará sempre à disposição do técnico. Aqui iremos mostrar o lado V da vida de um treinador que não se acomodou e luta para chegar ao topo.

Terminamos, com um agradecimento especial ao Luiz Filipe, pela sua inexcedível colaboração ao longo dos vários anos que o acompanhamos. Desejamos-lhe a maior das sortes e ficamos à espera de novos capítulos da sua “Aventura nas Arábias”.

Caros amigos,

Falar sobre esta aventura daria um livro, pois estamos num país completamente antagónico ao nosso, tanto no espaço, como no tempo e costumes. Contudo tentarei ser sintético. Para terem uma ideia neste momento estamos no Ramadão, onde adormeci as 7h da manhã, acordei as 15h, vou almoçar as 18:30, treinar as 23h e jantar as 2h da manhã.

Quando chegamos a Riad, as temperaturas rondavam os 50 graus, as 9h da noite ainda estavam 46 graus, isso apenas para introdução…

Relativamente ao primeiro encontro, jogamos a 1000km de distância, fomos de avião. Quando o avião se estava a preparar para levantar, senti um barulho estranho, e fiquei apavorado, o avião parou e ficamos 1:30 lá dentro para resolverem a avaria. Fui com o coração na mão. Quando vi a capacidade física dos adversários em relação a nossa, fiquei admirado com a diferença. Perdemos 1 a 0 golo de canto, denotando carência no jogo aéreo. Carregamos em cima do adversário, com um ascendente de posse de bola e oportunidades, situações de superioridade numérica, mas a ansiedade tirou-nos clarividência. Estamos na taça do Rei, primeira prova que são 10 jogos e que servirão de laboratório para o campeonato.

Abraço, até amanhã.

Luiz Filipe Ferreira

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Oportunidade perdida?

Capital Europeia da Cultura

Quando em Maio de 2009, Guimarães foi oficialmente designada em Bruxelas, Capital Europeia da Cultura 2012, a cidade rejubilou. Os Vimaranenses, bairristas como poucos, sentiram um tremendo orgulho e viram neste anúncio uma oportunidade de mudança, numa região fortemente abalada pelo flagelo do desemprego. O Berço da Nação, que recentemente tinha visto o seu Centro Histórico elevado a Património Mundial, conseguia agora nova e importante conquista.

No entanto, nestes processos costuma sempre existir um “mas” e Guimarães não quis ficar atrás. O dossier tem sofrido vários reveses e diversos contratempos. Dos 5 projectos anunciados pela autarquia, como estruturantes e fundamentais para a Cidade, nenhum deverá ter luz verde… Pelo menos, da forma como foram apresentados inicialmente aos munícipes. Do mesmo modo, os cortes orçamentais, fruto da crise Nacional e Europeia, continuam a condicionar fortemente a programação para o evento. Por último e mais recentemente, a própria imagem gráfica e respectiva campanha de comunicação para Guimarães2012, criou uma certa celeuma entre os Vimaranenses, que não se conseguem identificar minimamente com as peças gráficas escolhidas.

A menos de 500 dias do grande momento, a euforia começa a dar lugar à dúvida e ao desencanto. Não há tempo a perder… É fundamental elucidar os Vimaranenses sobre aquilo que realmente se pretende para 2012. Quais os projectos que objectivamente vão avançar e qual a programação que vamos de facto apresentar. É o momento de envolver definitivamente a Comunidade.

Do meu ponto de vista, não podemos negligenciar o mais importante. O essencial será sempre, projectar Guimarães e a Cultura Vimaranense, no palco Nacional e Europeu. E este objectivo só se consegue com uma CEC traçada pelos Vimaranenses para todos os outros. De Guimarães para fora e nunca de forma inversa. Não acredito que o consigamos fazer de outro modo. No entanto, teremos capacidade e coragem para entregar realmente Guimarães2012 aos Vimaranenses? Receio que pelo menos essa oportunidade, esteja irremediavelmente perdida…

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A euforia do pontinho

Juniores: Vitória 3-1 Braga

O Vitória apresentou-se em Olhão com cinco caras novas (contra as sete da equipa da casa) tendo demonstrado uma gritante falta de qualidade. Desde cedo se percebeu que seriam os algarvios que iriam controlar a partida, limitando-se os Vimaranenses a realizar esporádicos contra-ataques. No meio desta mediocridade, Nilson evitou o pior e garantiu o pontinho que tanta satisfação deu aos responsáveis Vitorianos. No final da partida, Valdomiro frisou o que ninguém esperaria, enquanto Manuel Machado salientou aquilo que todos estavam a espera.


Na próxima jornada, o Vitória recebe o Rio Ave naquele que será o primeiro jogo oficial da época no D. Afonso Henriques.

sábado, 14 de agosto de 2010

Raça Vitoriana

Juniores: Vitória 3-1 Braga

No arranque do Campeonato Nacional de Juniores, o Vitória venceu o Braga por 3-1, conquistando assim os três primeiros pontos da temporada. Tó Mané, que bisou na partida, e André Costa, foram os autores dos golos do triunfo vitoriano. Bom inicio de campeonato para os jovens conquistadores. 

Já estão disponíveis no Flickr d' O Lado V as fotos deste importante triunfo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Capitão

Moreno

As grandes conquistas da humanidade são historicamente, atribuídas a um grande líder. Qualquer grupo, que em determinado espaço temporal, tenha ousado alterar o rumo dos acontecimentos, tem na sua génese, a forte personalidade e espírito arrojado de determinado indivíduo, que devido às suas potencialidades, não é visto como apenas mais um. Ninguém negligenciará o papel fundamental de vários elementos na persecução de um objectivo, mas tende naturalmente a ser unânime, o reconhecimento do papel do líder. Isto, pelo menos, em termos teóricos…

É difícil acreditar em conquistas meramente casuais, do mesmo modo que não admito ser possível triunfar sem uma forte liderança. O nosso Vitória está hoje órfão de líderes. E se fora das quatro linhas, esta situação se tem vindo a revelar praticamente insustentável (Bebé salvará o Berço?!), parece-me evidente que, para esta nova temporada, o problema se alargou também ao rectângulo de jogo.

Moreno, após vinte anos de Rei ao peito, rumou a Inglaterra, onde certamente sentirá a falta do “carinho” que os adeptos sempre lhe dispensaram. Vitoriano, Vimaranense, Guerreiro. Assumiu sempre a responsabilidade quando os outros recearam errar. Não seria certamente o jogador perfeito mas era o líder ideal. O Capitão, no verdadeiro sentido do termo... O único, dentro da sua equipa, que me faria colocar um número, na horrenda lacatoni que anualmente nos vão impingindo.

Allan Cocatto, nome que se confunde com a própria modalidade. Figura maior do voleibol do Clube, abandonou após ter conquistado tudo o que havia para conquistar. O eterno Capitão deixa um legado impressionante e inigualável, dentro e fora das quatro linhas.

Fernando Neves, profissional exemplar, rapidamente conquistou e consolidou o seu estatuto de Capitão. Oriundo de Ovar, Neves foi fundamental na estrutura definida por Fernando Sá. Um líder que regressa a casa de cabeça erguida. Do lado feminino, Diana Mendes comandou uma equipa diferente. Contra todas as perspectivas, este grupo coeso chegou ao topo e conquistou títulos para o Clube. Diana era a Capitã, com ela em campo tudo parecia possível. Seguirá a sua carreira em Lousada.

No futsal, Malainho lutou como ninguém pelo símbolo do Rei. Ano após ano, tentou manter vivo o sonho... Representar o Vitória Sport Clube. Venceu o desafio várias vezes. Este ano não foi capaz. Morreu o sonho, terminou a modalidade.

No Pólo Aquático surgiu a excepção. A tal que obrigatoriamente teria de ser regra. Pedro Lima, Vitoriano e Vimaranense, abandonou a competição e foi homenageado por toda a secção. Dos mais novos aos mais velhos todos aplaudiram o líder. O exemplo.

No momento que faltam os Capitães, prosseguem as buscas para encontrar o novo Vitória. Para já, apenas uma certeza. Partiremos órfãos para a nova temporada.

A história encarregar-se-á de imortalizar os heróis e esquecer os restantes. No entanto, fazemos questão de aqui deixar o nosso contributo. Ao longo de vários anos, aprendemos a admirar estes líderes e não seríamos capazes de deixar de lhes prestar esta justa e singela homenagem.

Obrigado.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dia 1

D. Afonso Henriques

12 de Agosto de 2010, data simbólica que propositadamente escolhemos para iniciar este novo projecto. Um espaço de amigos que se pretende diferente, intimista e que fundamentalmente tenha a capacidade de expressar o nosso lado V.

Optamos por um design simples mas moderno, de modo a que possamos facilmente aceder a qualquer informação. As cores sóbrias e actuais foram escolhidas de modo a realçar a beleza das fotografias, ao mesmo tempo que fizemos questão de homenagear a primeira bandeira da Nação.

Escolhemos uma visão muito própria, do primeiro Rei de Portugal, para ilustrar a primeira mensagem deste novo projecto. O homem que ousou lutar pelo seu sonho. Ousou vencer e subiu ao patamar dos deuses. D. Afonso Henriques. Por ele, somos hoje, Vimaranenses e Portugueses.

Bem-vindos ao nosso lado V.